terça-feira, 13 de dezembro de 2011

MÍDIA, ESCOLA E LEITURA CRÍTICA DO MUNDO

Apesar do acesso de nossos estudantes às mídias, às informações, estes não têm conseguido abstrair os reais significados delas.  Sua compreensão é superficial.
Especialistas apontam fragilidade no sistema educacional. Os livros didáticos trazem recortes,  nada que exija uma leitura mais profunda e um pensamento mais abstrato.
A minoria da população tem acesso á livros. Vivemos uma problemática: os que lêem não compreendem,  não estabelecem uma relação com a realidade a sua volta. Não se transformam no indivíduo crítico, transformador  de sua realidade.
Onde a escola entra nesse contexto?
Inúmeros periódicos têm surgido a fim de abocanhar essa fatia do mercado midiático. Atualmente, existem inúmeras revistas voltadas à área pedagógica: ensinam a planejar aula, confeccionar os bonequinhos de natal, a conduzir reuniões de HTPC´s, gerenciar uma escola, etc, etc, etc, mas será que há uma verdadeira preocupação com o produto final: a formação integral do estudante?
Sem falar nos projetos que vem surgindo, através de inúmeras entidades a fim de inserir na sala de aula seus periódicos.
No entanto,  as pesquisas mostram que o maior interesse é formar novos leitores – de mundo ou de suas revista? Mas o verdadeiro incentivo à leitura é baixíssimo.
Tem os bons projetos, mas é preciso uma capacitação dos educadores para que ocorra uma verdadeira aprendizagem e que estes se apropriem da real função dos jornais. Precisam fazer a leitura e a leitura que está por trás da primeira leitura: ideologia, opinião, visão política, religiosa, social, moral da mídia lida.
Paulo Freire e Freinet já defendiam, em 1060, a elaboração do jornal escola como instrumento que motivaria a escrita “contribuindo para o desenvolvimento social e cultural do educando” (Elias,  1997, p. 101), pois os estudantes seriam os protagonistas de seu processo de aprendizagem.
Os livros didáticos trazem textos fragmentados, descontextualizados, o que não propõe ao estudante uma visão global da situação.
Temos ainda o fato da mídia atual não dar conta de processar toda informação que surge e acaba por empobrecer seus textos a fim de tentar fazê-lo.
O trabalho da escola é buscar trabalhar a temática envolvendo toda a comunidade escolar e não escolar.

Um comentário:

  1. Belo texto, mas com problemas de "colocação", mas valeu pela coragem de tocar na ferida de um dos maiores problemas dos livros e da educação pública no país: Primam por uma preciosidade conceitual e pouca profundidade e coerência temática, impondo uma confusão temática na cabeça do aluno. No meu tempo não era assim. Mas isso era muito antes de Paulo Freire....
    Grande Abraço minha Filhona!

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